06 maio 2011

Apple X Microsoft



Bill Gates e Steve Jobs, nasceram na costa Oeste dos Estados Unidos no mesmo ano: 1955. William Henry Gates III já nasceu rico numa família de banqueiros da cidade industrial de Seattle, Estado de Washington. Aos 13 anos, foi internado numa escola para pequenos gênios.
Steve veio ao mundo em São Francisco, epicentro do movimento hippie. Seus pais biológicos o ofereceram para adoção. Foi adotado pela família Jobs da cidade de Mountain View, Califórnia, localizada numa região vizinha a São Francisco, que virou o famoso Vale do Silício, polo tecnológico americano.
Jobs conheceu Stephen Wozniak, seu futuro parceiro na Apple nos laboratórios da HP, onde ambos eram estagiários. Woz tinha fugido de Berkeley. Wozniak, um gênio da eletrônica, em vez de terminar afaculdade, estava ocupado em inventar uma coisa chamada Blue Box, um acessório ilegal para fazer ligações interurbanas de graça. Iniciaram o negócio com Jobs ajudando Woz a vender o produto para alguns “clientes” selecionados.
Bill Gates também já tinha virado um hacker. Descobriu como driblar o sistema que controlava o tempo de uso do computador da Lakeside School, a tal escola para geniozinhos de Seattle. Seu parceiro na travessura era seu futuro sócio na Microsoft: Paul Allen.
Em 1974, na capa da revista Popular Eletronics, é anunciado o lançamento do primeiro microcomputador da história: o Altair 8080. De bate-e-pronto, Gates liga para os caras oferecendo o Basic, um software que poderia funcionar no Altair. Era mentira. Ele e seu partner Allen ainda não tinham escrito uma só linha de código. Em poucas semanas a dupla ralou sem descanso e conseguiu criar uma demo do “produto”. Era o início do mercado de software. Era o início da Microsoft.
No mesmo ano, Steve Jobs, arruma emprego como designer de videogames na Atari. Junta uns trocados. E parte para uma viagem espiritual pela Índia! Ao retornar aos Estados Unidos, em 1976, Ele e Wozniak montam o primeiro computador para uso pessoal da história. Em 1980 a Apple é dona de 50% do mercado de computadores pessoais. Os responsáveis são os modelos Apple I e Apple II, os primeiros micros com teclado e monitor da história.
O império contra-ataca. 1981: Gates faz o negócio do século com a IBM. Milhares de computadores da marca são lançados com o sistema operacional MS-DOS, da Microsoft.
Em 1984, a Apple lança o Macintosh, o primeiro computador com mouse, teclado e interface gráfica como os que você usa hoje. Desesperado, no mesmo ano, Gates anuncia também sua nova interface gráfica: o Windows. Mas só consegue lançá-la no ano seguinte. O resto é história.
Steve Jobs e Steve Wozniak, fundadores da Apple
Bill Gates e Paul Allen, fundadores da Microsoft

De cada 100 computadores do mundo, cerca de 90 utilizam Windows, sistema operacional desenvolvido pela Microsoft. No mercado corporativo, ninguém conseguiu, ainda, desbancar os serviços oferecidos pela companhia. Mesmo assim, a empresa fundada por Bill Gates perdeu, recentemente, a liderança no quesito valor de mercado, entre os negócios de tecnologia. No topo, agora, está a Apple, que tem mais ou menos a mesma idade da Microsoft e sobreviveu no ostracismo por muitos anos, quase indo à falência nos anos 90. No fim da história, quem leva essa guerra?
Cada uma tem seus pontos fortes.Normalmente, a virada de mesa conseguida pela Apple tem sido resumida em uma simples palavra: inovação. "Há alguns anos a Apple já obtém o título de empresa com maior gasto em pesquisas no planeta, com valores superiores a 100 milhões de dólares por ano. Ou seja, Jobs está sempre inovando, levando aos apaixonados por Apple sempre uma novidade e incentivando usuários de outras plataformas a entrarem no mundo Apple", afirma Henrique.


Entretanto, há quem veja as coisas de outra forma. No mês passado, Stan Shih, fundador da Acer – uma das maiores fabricantes de PCs (computadores que funcionam com Windows) do mundo – disse que os produtos da Apple são como "vírus mutantes". De acordo com o executivo, o fato de Steve Jobs estar sempre inovando é um ponto negativo, pois as outras companhias seguem o caminho da evolução e conseguem se manter mais fortes, sem precisarem correr muitos riscos.

Entre os usuários, as queixas tocam sempre no que, provavelmente, é o maior calo da Apple: compatibilidade. "Já tive problemas com o iPod Touch. Ele só suporta arquivos de vídeo em mp4 e não lê arquivos do Word ou PDF. Isso é bastante chato quando não se conhece o bastante de informática para encontrar caminhos que façam com que esses arquivos sejam lidos", diz Virgínia Milanesi.

Já Gills Lopes, que também é estudante, aponta o alto custo dos produtos como um ponto negativo. "Sobretudo de partes do equipamento, caso você as perca", afirma.

A gigante está viva

windows phone 7
Windows Phone 7 (Imagem: divulgação)

Apesar da perda de espaço no mercado, principalmente no setor de entretenimento e de ferramentas simples – como as desenvolvidas pela Google – a Microsoft ainda é uma gigante, e seus próximos passos prometem fazer mais barulho.

"A Microsoft tem um portfólio grande de produtos, e ela estava focada no desenvolvimento de alguns produtos. Então, ela não poderia comprometer-se com o lançamento de outros. Nós preferimos aperfeiçoar nosso sistema operacional, o Windows 7, que hoje é um sucesso de vendas", afirma o engenheiro Jamil Lopes, que é Most Valuable Professional – MVP (título concedido a executivos de destaque da empresa) – e da companhia.

Jamil reconhece que a Microsoft entrou atrasada na disputa por um espaço no novo mercado de eletrônicos, mas ressalta que, mesmo assim, a empresa continuou trabalhando no desenvolvimento de novos produtos. "A Microsoft não dorme no ponto não. Ela pode entrado um pouquinho tarde...".

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