Empresários como Clara Shih, presidente-executiva da Hearsay, uma produtora de software especializado de San Francisco, desfrutam de mais influência junto aos investidores do que no boom passado, e acreditam ter liberdade de escolher entre potenciais parceiros. Shih diz já ter levantado 3 milhões de dólares em capital, aproveitando ofertas que bateram à sua porta. "Para ser honesta, não estávamos pensando em aportes de capital, mas isso meio que caiu no nosso colo agora e por isso estamos abertos à ideia", disse Shih em entrevista à Reuters Insider.
O comportamento de rebanho entre os investidores gerou rumores sobre a formação de uma nova bolha da internet, especialmente agora que os analistas estão encontrando valores de 70 bilhões de dólares para o Facebook e 15 bilhões de dólares para o Groupon, nas estimativas usadas em transações privadas de investimento. "Ouvi muitos executivos de venture capital dizendo que não há bolha", disse Dana Stalder, do grupo de investimentos Matrix Partners. "Mas quando as avaliações de valor de mercado de uma mesma empresa, comandada pela mesma equipe, dobram em 12 meses, a sensação para mim é de bolha", disse.
E um dos fatores mais distintos do atual boom é que a web se tornou global. Nos três anos que marcaram o auge do boom passado, 1999 a 2001, a indústria de venture capital injetou 96,4 bilhões de dólares em empresas iniciantes de internet, dos quais quase 78 bilhões de dólares apenas nos Estados Unidos, segundo dados da Thomson Reuters. Enquanto isso, atualmente dos mais de 5 bilhões de dólares em recursos de venture capital investidos até agora neste ano, apenas 1,4 bilhão de dólares foi disponibilizado a empresas iniciantes dos EUA.
Mas apesar da tendência atual das empresas iniciantes terem interesse em se manterem privadas por mais tempo, a safra de IPOs segue cheia de companhias de internet. Até agora em 2011, 16 empresas de Web encaminharam pedidos de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) a autoridades dos EUA, buscando levantar quase 4,1 bilhões de dólares, segundo dados da Thomson Reuters. Esse volume já superar valores totais de todos os anos com exceção de 1999, quando 52 empresas fizeram pedidos para levantar 4,2 bilhões de dólares em IPOs
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